Uma conversa difÃcil com alguém que se preocupa com você pode ajudá-lo a enfrentar uma verdade incômoda. Tenho escrito um livro nos últimos 18 meses. Meus amigos perguntam "Como está indo com o livro?" Respondo com uma resposta vaga e eles oferecem um incentivo.
Cinco semanas atrás, durante o café da manhã, minha esposa me fez a mesma pergunta. E a conversa abaixo está possibilitando que eu alcance uma meta pela qual eu me preocupo muito.
Os ajustes que aprendi que precisava fazer também podem ajudar você.
A conversa
Minha esposa me vê pensando na frente do meu laptop por incontáveis horas, então, quando eu disse a ela que o livro está indo bem, ela começa com algumas perguntas.
"Quando estará pronto?" Eu não sei. Eu realmente não tenho tempo suficiente.
Você precisa de mais quanto tempo? Eu não sei.
Quanto tempo você gastou nisso até agora? Eu não sei.
Quanto você trabalhou nisso na semana passada? Ou ontem mesmo? Eu não sei.
Um longo silêncio constrangedor se seguiu. Dentro da minha cabeça haviam duas outras perguntas. Será que a esposa de Hemingway fez essas mesmas perguntas a ele? E, mais importante: estou apenas brincando comigo mesmo?
Em vez de tentar defender minha falta de um plano de publicação significativo, fiz três ajustes. O primeiro foi ainda enquanto o “café estava quente”.
Passando tempo
Eu estava ciente da
ironia de que, ao treinar outras pessoas, muitas vezes as ajudo a administrar
melhor o tempo para que realizem tarefas. Era claro para minha esposa (e
agora para mim) que eu não estava usando do meu próprio conselho.
Algumas semanas antes, minha esposa e filha criaram um gráfico simples afixado na geladeira para nos motivar a atingir os objetivos que nos interessavam: mais exercÃcios para os pais e mais tempo praticando piano para minha filha. Funcionou.
Portanto, após a conversa com minha esposa, postei outro gráfico simples para controlar as horas gastas no livro todos os dias, bem como quando enviei algo aos leitores para feedback.
Foco
Mais tarde, naquele
mesmo dia, eu estava lendo “Trabalhe 4 horas por semana” de Timothy Ferriss. Dois
capÃtulos em particular me ajudaram com meu problema. “A dieta da baixa
informação” me fez perceber que, embora eu lesse muito e encontrasse muitas
pessoas interessantes, grande parte daquilo estava apenas marginalmente
relacionado ao livro. Se eu realmente quisesse publicar um livro, teria que
estar muito mais focado.
O capÃtulo "Interrompendo a Interrupção" me ajudou a ver que, apesar de saber da importância do foco, eu estava perdendo tempo e minha capacidade de prestar atenção respondendo a muitas interrupções. Pior, eu me interromperia checando impulsivamente meu telefone. James Altucher se referiu a ele como "The Loop". Você verificaria o e-mail, o Twitter, o Facebook e o blog. Antes que eu percebesse, eu já tinha perdido 10-20 minutos. E eu fazia isso algumas vezes por dia.
Eu reconheci que de alguma forma tinha tempo para livros, para “The Loop”, para um café com as pessoas, mas não tempo suficiente para meu objetivo mais importante: escrever o livro.
Então, tornei-me mais implacável em praticar o que prego. Agora eu desligo o WiFi quando estou escrevendo. Eu processo e-mail e verifico as redes sociais em lotes, em vez de impulsivamente ao longo do dia. E eu planejo cuidadosamente o tempo que gasto em coisas não relacionadas ao meu objetivo. Ter melhor controle do meu tempo e atenção fez uma enorme diferença.
O último ajuste teve a ver com minha motivação. Por que meu objetivo era importante?
Clareza de propósito
Existem tantos
livros. Por que se preocupar em escrever outro? Eu sabia que não era para
ganhar dinheiro. (Os livros não geram muito e sempre pensei em doar os lucros
para donorschoose.org e para a educação pública de qualquer maneira.)
Um motivo ainda pior - meu propósito original - era aprimorar minha marca pessoal. Mas a ideia de comercializar meu livro apenas para que eu pudesse me vender e ter mais exemplares era terrivelmente desagradável. Parecia inautêntico e talvez fosse o maior obstáculo ao progresso.
Foi só quando comecei a treinar pessoas que o propósito ficou claro: estou escrevendo o livro para ajudar as pessoas. Para ajudá-los a descobrir possibilidades de tornar o trabalho e a vida mais significativos e gratificantes.
Vejo mudanças tão positivas nas pessoas que treino que quero treinar todos que encontro. Pessoas que passaram a odiar trabalhar em corporações desumanas. Pessoas tentando abrir suas próprias empresas. Pessoas de todas as idades que estão lutando para encontrar empregos e, idealmente, um trabalho que seja mais do que apenas um emprego.
O livro, se eu entendi direito, ajudaria as pessoas a ajudarem a si mesmas e ajudarem umas às outras. Uma vez que estava claro que o livro não era sobre mim, mas sobre ajudar os outros, ficou claro que eu tinha que trabalhar nele.
Obrigado
Desde aquela
conversa com minha esposa, escrevi e enviei mais em 5 semanas do que nas 75
semanas anteriores. No inÃcio deste mês, enviei os primeiros capÃtulos de
Working Out Loud para revisores voluntários e o feedback deles já tornou o
livro melhor. Dois dias atrás, enviei a primeira metade do livro para mais 15
revisores. Vou continuar fazendo isso até que eu publique o livro em Setembro.
(Se você quiser revisar um rascunho ou tiver alguma ideia ou sugestão para o
livro, deixe um comentário ou entre em contato comigo.)
Usarei este blog para compartilhar mais sobre o livro nos próximos meses. E espero que ao compartilhar o meu próprio processo ajude você a trabalhar em seus próprios objetivos que são importantes para você.
Obrigado pelo seu tempo e seu incentivo contÃnuo. Tudo isso significa muito para mim.
https://workingoutloud.com/blog/hows-the-book-coming-along
Texto traduzido e adaptado ao Português por Estela Faria para a Comunidade Working Out Loud Brasil / WOLonlineBR
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