Como você se sente quando está prestes a ir a uma conferência ou festa e percebe que pode não conhecer ninguém lá? O que você faz?
Recentemente, alguém me enviou uma mensagem
no LinkedIn dizendo que estava estressada com a ideia de ir a um evento porque
"espera-se muito networking" e ela não sabia o que fazer.
Tivemos a seguinte conversa:
Eu: “Aqui vai uma dica profissional:
imagine que todos na conferência têm uma história, que os torna humanos,
interessantes e especiais. Agora imagine que é seu trabalho descobrir isso em
cada pessoa.”
Ela: “Meu maior problema é que não tenho
nada a oferecer a essas pessoas, exceto minha atenção, apreciação e grande
interesse.”
Eu: “Nada a oferecer exceto ... as
coisas mais preciosas que todos nós queremos!!!! O problema não é que você não
tenha o suficiente. É que você não sabe o valor do que já tem.”
No entanto, eu me identifico em o como ela se sente. Ontem mesmo fui a um evento em um país estrangeiro com centenas de
pessoas que não conhecia. Todo mundo estava falando (em outro idioma) e rindo,
e eu estava sentado sozinho. Eu me sentia como uma criança pequena sozinha no
parquinho.
Então me lembrei de meu próprio conselho. Comecei a fazer mais perguntas. Não a conversa trivial de sempre, mas algo que mostrou que eu estava genuinamente interessado. Não "O que você faz?" mas "Qual é a coisa com a qual você está mais animado agora?" Se por acaso mencionassem que tinham vindo de outra cidade, perguntava onde cresceram, o que sentiam falta e o que gostavam no novo lugar. Se eles mencionavam filhos, perguntava suas idades e conversavamos então sobre paternidade.
Tudo o que eu tinha a oferecer era a minha
atenção e um pouco de vulnerabilidade enquanto fazia perguntas mais pessoais.
Isso os levou a me fazerem mais perguntas também. Isso mudou minha experiência
do evento de potencialmente estressante para positivamente adorável.
Alguns dias depois dessa conversa no LinkedIn,
recebi uma atualização.
“Foi ótimo e sua dica funcionou muito
bem. A ideia de que estou realmente descobrindo outra pessoa, em vez de fazer
networking ou construir conexões, me deixou mais relaxado e acho ainda mais
natural. Me livrei da sensação de que tenho que entreter a outra pessoa ... me
sinto muito bem!!”
“Descobrir outra pessoa” é uma bela maneira
de dizer. Você não está trabalhando em rede para conseguir algo, mas para
descobrir algo, e isso faz toda a diferença.
Texto original em inglês por John Stepper em 01/07/2017: https://workingoutloud.com/blog//what-to-do-when-youre-in-a-room-full-of-strangers
Texto traduzido e adaptado ao Português por Danilo Cintra para a Comunidade Working Out Loud Brasil / WOLonlineBR
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